Aproveitando a maré que está alta, seu Alcides (o Siribóia), segue com seus passos miúdos, embora muito decididos em direção a sua montaria aportada junto ao trapiche da praça de São João da Ponta. Embarca em sua embarcação coberta por uma tolda que desenha sobre a canoa um curioso arco com cerca de meio metro a ditar do calado a tolda azul. Remos nas mãos, em pé na parte frontal da canoa, olhos fixos no rumo de onde estão os peixes. E lá se vai o nosso incansável pescador de 86 anos descendo o rio Mocajuba mais uma vez. Cumprindo sua missão de anos a fio com muito amor. A necessidade daquela atividade já não é material, trata-se de uma necessidade da alma. Pois como diria sua esposa dona Maria: “Precisar ele não precisa mais. Somos nós dois aposentados e nossos filhos já estão todos criados”.
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peixe Mero (Epinephelus itajara) |
Seu Siribóia encosta sua canoa ao lado do trapiche da praça. A pescaria não foi muito boa. Apenas alguns peixinhos. O rio Mocajuba de hoje já não é mais o mesmo rio pesqueiro de outrora. Joga-se a pequena âncora e logo em seguida desembarca o pescador e seus pescados. Sua casa é logo ali. Então ele atravessa toda a praça com seus pequenos passos, dobra a direita e entra em sua casa.
Texto: Walter Rodrigues e Deividy Edson.
------------------Observação: Os nomes e as informações prestadas pelos narradores denominados acima são respaldados por Autorização assinadas pelos mesmos. Toda informação aqui apresentada são autorizadas por seus autores para uso de fins didático.
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