O som do carimbó, ritmo que embala as horas de lazer de muitas comunidades pesqueiras paraenses, abriu o evento Historia de Pescador, encontro realizado entre a comunidade pesqueira tradicional da micro região do salgado e o público universitário, na tarde da última sexta-feira (27), no auditório Setorial Básico. “Estamos desenvolvendo um estudo ambiental nesta região desde o inicio do ano. É um trabalho de pesquisa e extensão que realizamos nessa comunidade que futuramente será um programa maior envolvendo outros pesquisadores” explica a professora doutora Marcia Pimentel, diretora da Faculdade de Geografia e coordenadora do Grupo de Estudo. Além da exibição do carimbo, os pescadores fizeram relato de suas experiências para uma platéia composta por estudantes de graduação e pós-graduação de Geografia da UFPA e de Engenharia Ambiental da UEPA e de outros cursos , interessados em desenvolver monografias e dissertações de mestrado em problemas sócio- ambientais e sustentabilidade.Também se fizeram presentes os secretários de Cultura e Educação de São João da Ponta, o representante da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA, professor Walter Silva Jr e o diretor da Resex Waldemar Vergara. A luta pela criação da Resex em 2002, até as dificuldades dos pescadores que atuam como agentes ambientais no trabalho de conscientização de outros em relação a captura do caranguejo foram destacados nos depoimentos. “ É um desafio enorme para um pescador aceitar ser um agente ambiental, pois a renda do caranguejero já é escassa com a pesca , sem outras alternativas de renda no período do defeso, prevalece a disputa pela sobrevivência” afirma o pescador Pedro Lima. O município de São João da Ponta, foi criado em 1995, desmembrado do município de São Caetano de Odivelas e conta com 9 mil habitantes. Toda a produção de caranguejo do Estado é extraída de São João com as comunidades de pescadores reunindo cerca de 300 a 350 caranguejeiros. Assim como em outras localidades, a comunidade sofre com a poluição causada pelo lixo, visível nas garrafas pet que se acumulam nos mangues trazidas pelas praias na maré alta. Para enfrentar o problema, a comunidade recebe o apoio da ong paraense Noolhar que está atuando na região com ações de conscientização e oficinas de reutilização desse material com a confecção de bolsas como alternativa de renda para a comunidade. |
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Pescadores da Resex de São João da Ponta visitam a UFPA
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